segunda-feira, 13 de outubro de 2014

'Educação digital é necessidade', diz especialista da Enciclopédia Britânica

O vice-presidente e gerente geral de educação da Enciclopédia Britânica, Michael Ross, apresentou um panorama sobre tecnologia e educação durante a Contec 2014, em São Paulo. A conferência, uma realização da Feira do Livro de Frankfurt, em parceria com o Sesc SP, discute educação, tecnologia e literatura com escritores, professores e desenvolvedores interessados no futuro da aprendizagem interativa, com reflexo nos meios digitais nas escolas. Para Ross, a 'educação digital é necessidade'.
 
Exemplo: WidBook - Plataforma gratuita que permite publicar e-books por capítulo.

“As crianças são fluentes na tecnologia, estão envolvidas e inseridas em ambiente digital por meio de videogames, Internet, e celulares. Os editores e educadores precisam lidar com isso e descobrir um jeito de fazer essas tecnologias vingarem nas suas áreas”, disse o executivo.
 
"Às vezes, a criança não está interessada na matéria, até que ela entra em contato com os meios digitais e o interesse aumenta". (Michael Ross)

Para Ross, a tecnologia é presente nas salas de aula e não está presa às bibliotecas ou e-books. Ele acredita que o impacto pode ser visto de modo positivo. “As crianças estão tendo um bom desempenho nas escolas graças às tecnologias. Às vezes, a criança não está interessada na matéria, até que ela entra em contato com os meios digitais e o interesse aumenta", explica.

Preocupado com a leitura, formação escolar e com o repertório das crianças, o diretor regional do Sesc São Paulo, Danilo Miranda, defende o pensamento crítico e a necessidade de se discutir a mediação da tecnologia na educação antes de sua adoção desenfreada, e há pontos positivos. “Usar tecnologias pode permitir o aprimoramento de comunicação e de troca entre as pessoas. Por isso é interessante pensar e atuar sobre a tecnologia, discutir sua origem, seus sentidos e suas possibilidades”, disse Miranda.
Michael Ross vai além e conta que entre os objetivos da Britânica está a transformação das crianças em "aprendizes digitais". Para isso é preciso captar recursos, desenvolver dispositivos digitais de alta qualidade, para que seja possível customizar o aprendizado. “Promover a educação digital não somente é algo bom, mas é uma necessidade. É bom para o país”, afirma.
 

Tendências: quadro negro interativo

A estratégia da Britânica ao longo de 15 anos é voltada para produtos digitais e alguns dados justificam a decisão. Em um paralelo entre o crescimento das editoras que possuem estratégias digitais contra aquelas que não têm – as que possuem estratégias crescem 60%, as que não possuem apenas 2%.
Há outros recursos que podem ajudar no aprendizado das crianças, como o quadro negro interativo, por exemplo, foram citados – nos Estados Unidos, o alcance desse equipamento chegou a 58% das salas de aula americanas em 2013, contra 28% em 2009.
Uma análise dos impactos no mercado das tecnologias digitais apresentados por Michael Ross está ligada à interação entre alunos e as máquinas. Quanto mais baixa a relação de aluno por computador, melhor o desempenho do aluno, menor a taxa de abandono das disciplinas e melhor aproveitamento da aula. O estudo foi retirado do Project RED 2010.

O fim da enciclopédia clássica

Ross disse que a versão clássica e impressa da Enciclopédia Britânica acabou em fevereiro de 2012, após muitos anos de existência. A mudança gerou questionamentos sobre a possibilidade dos e-books substituírem obras impressas. “Não é uma questão de perda, mas de ganhos. Não nos preocupamos em manter as impressoras vivas e trabalhando. Se não forem eficientes, mudamos ”, afirma.
 
Acima da questão do papel e e-book, as preocupações da Britânica giram em torno do conteúdo e da forma como os especialistas contribuem para elaborar um material de qualidade. "O novo conteúdo" deve ser confiável e as informações atualizadas e relevantes, deve também haver variedade de formatos, assim como soluções tecnológicas atualizadas, serviços customizado e um preço realista.
 
Fonte: http://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2014/02/educacao-digital-e-necessidade-diz-especialista-da-enciclopedia-britanica.html
 
18/02/2014 17h09 - Atualizado em 28/08/2014 10h13
 

A Saudade



Nos lindos amanhecer os pássaros a cantar, o belo rio a correr você vinha me acordar.
Água fria todos os dias banhos a tomar, em um lugar distante você para eu estudar.
Tempos bons a recordar daquele lindo lugar, cheiro de terra molhada um pedaço do meu Pará.
Com amor me trouxe ao mundo, para vencer me ensinou a lutar e as dificuldades superar.
Agora em outra fase obstáculos a ultrapassar, conquistando o impossível para os meus sonhos realizar.
A vontade de crescer me ensinou a suporta, a saudade de vocês para hoje aqui está, em outro estado do Brasil onde eu possa avançar.
Um sonho realizando e um novo patamar, futura Pedagoga e as bênçãos a contar.



Elenilze Fernandes

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Projeto Universidade na Comunidade - PUC no Programa Conhecer e Aprender do Amazon Sat

Segue o vídeo do 1º Bloco do Programa Conhecer e Aprender do Amazon Sat, sobre a matéria feita no Projeto Universidade na Comunidade do Curso de Licenciatura em Pedagogia do Centro Universitário do Norte - UniNorte/Laureate. Confiram!!!

sábado, 13 de setembro de 2014

Fazer o quê? Eu sou assim!


Agradeço a Deus todos os dias por não poder voltar atrás

Pois se podesse a primeira coisa que faria

Era trocar os meus pais.

Meu pai sem nenhum pudor

Ainda no ventre de minha mãe me abandou

Minha mãe, essa coitada tentou mais não conseguiu

E também me deixou.

Na casa de um tio hoje

E de um outro amanhã

Fui levando a minha vida

Até encontrar um galã.

Um dia dormi menina

Acordei mãe, dona de casa, mulher

Talvez você como eu, pergunte

Porque tudo isso?

Pois é, não é?

Sempre ouvi minha família dizer

Que eu igual minha mãe não iria prestar

E hoje quando me olham dizem:

Que têm orgulho por terem me dado um lar.

Eu não chamaria de lar, aquele lugar

Se até na rua morei,

Vocês podem imaginar como era lá...

Apesar de muitas amarguras

Hoje posso dizer que sou feliz

Mas meus colegas: Agnes, clodoaldo e Erilane

falam que eu sou mesmo é atriz.

Dizem que um dia serei famosa

E no Faustão eu vou estar

Eles dando seu depoimentos

E eu a me emocionar

Mas pra quem já passou tanta coisa na vida

Ter chegado onde cheguei e conhecer cada um de vocês

Já me faz chorar.

Essa é minha história de vida, que eu acabei de contar

Se é verdade ou se é mentira, cabe a vocês julgar

Pois a minha maior qualidade de um artista

É saber interpretar.

Daila Mendes Nunes

sexta-feira, 4 de abril de 2014

Projeto Universidade na Comunidade - PUC





Vamos apresentar o Projeto Universidade na Comunidade - PUC. Ele faz parte das atividades de extensão universitária da Escola de Licenciaturas do Centro Universitário do Norte – UniNorte/Laureate, na região central da cidade de Manaus, no Amazonas. A grande inspiração da elaboração desse projeto, deu-se pela percepção da necessidade de expandir intelectual e culturalmente as comunidades ao entorno do centro universitário, desenvolvendo constantemente as habilidades cognitivas dos indivíduos, por ações educacionais planejadas e concretas, dando a estas comunidades melhores perspectivas de futuro e uma visão dimensional sobre as relações de trabalho e relações sociais.



A proposta idealizadora do projeto é atingir a maior quantidade possível de crianças, pré-adolescentes, adolescentes, homens e mulheres moradores do Parque Residencial Manaus – PROSAMIM, por atividades educacionais. A comunidade foi projetada pelo Governo do Estado do Amazonas através da Superintendência de Habitação - SUHAB, em parceria com o PROSAMIM – Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus, sendo parte da ação financiada pelo BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento. A proposta do Governo é de desocupar áreas que oferecem riscos diversos a pessoas de baixa renda e que vivem à margem dos rios e igarapés que cortam a cidade de Manaus, que era o caso dessa comunidade que anteriormente se chamava "Buraco do Pinto", em referência a sua aparência anterior.


Assim, foi formado o público de moradores do Parque Residencial Manaus, local no qual são desenvolvidas as atividades do Projeto Universidade na Comunidade. No total, existem 879 unidades habitacionais no local, na qual temos estimativas de que em cada uma delas possuam entre 4 e 5 pessoas, estes números nos leva a acreditar que tenham na comunidade em torno de 3.900 moradores.


As atividades desenvolvidas pelo projeto Universidade na Comunidade são diversas e adaptadas para públicos diferentes de faixas etárias diversas. O projeto vem sendo desenvolvido na comunidade desde o mês de Setembro de 2012, sendo organizado para funcionar durante 3 meses a cada semestre letivo. Atualmente, alguns cursos da Escola de Licenciaturas do Centro Universitário do Norte – UniNorte, participam do projeto, elaboram e desenvolvem atividades no projeto sendo o mais ativo na comunidade o curso de Pedagogia.


Na comunidade, basicamente a rotina das crianças, jovens e adolescentes estava distribuída pela ociosidade e o tempo desperdiçado nas ruas, não haviam locais de acesso à cultura e ao lazer, pois, sabemos que a cada dia estão mais escassos, fazendo com que as crianças busquem formas alternativas de diversão, quase sempre estas formas alternativas são jogos eletrônicos, festas e muitas vezes a precoce acesso as drogas e ao consumo de álcool.


Então, o projeto veio para mudar essa realidade social, estabelecendo integração entre o centro universitário e a comunidade com atividades de extensão e acadêmicas, processos educacionais e de intervenção educacional para melhoria de vida do público atingido. Até o momento, durante a vigência do projeto já passaram por ele mais de 300 crianças, jovens e adolescentes e mais de 100 adultos diretamente, participantes assíduos das ações do projeto. Estimasse que indiretamente o projeto tenha alcançado um público muito superior. O público atendido tendo disseminado as informações, e se apropriado do conhecimento compartilhado, este público, no mínimo quadruplica, já que temos em média 4 a 5 pessoas por unidade habitacional, chegando a 1500 comunitários atingidos pelo projeto, quase 40 % do total de habitantes da comunidade.


O desenvolvimento das atividades do projeto acontecem nos turnos da manhã e tarde, e esporadicamente aos Sábados. Os cursos da Escola de Licenciaturas quando estão desenvolvendo suas atividades oferecem as seguintes ações:
PEDAGOGIA – Desenvolve atividades educacionais de Acompanhamento Pedagógico, uso lúdico-pedagógico da Brinquedoteca, Alfabetização de Jovens e Adultos, Projeto de Leitura e Pesquisas Escolares em Biblioteca, (Construída pelo Curso de Pedagogia), bem como, Acompanhamento Socioeducativo para adolescentes infratores.


BIOLOGIA – Experimentoteca (aulas com a utilização de experimentos químicos escolares) e aulas de reforço de Ciências Biológicas e Naturais.
GEOGRAFIA – Educação Ambiental e Reforço Escolar aos alunos de 6º ao 9º ano oportunizando-os rever conteúdos específicos de Geografia do Ensino Fundamental e Médio.
EDUCAÇÃO FÍSICA - Atividade físicas recreativas desportivas, para as crianças e adolescentes da comunidade que possibilitem o seu desenvolvimento psicomotor e sócio-afetivo.
LÍNGUA PORTUGUESA – Preparatório para concursos públicos e reforço escolar em língua portuguesa para adolescentes e adultos do 6º ao 9º ano.
 


LÍNGUA INGLESA – Reforço escolar em Língua Inglesa com crianças e adolescentes.
HISTÓRIA - Aulas de História, em caráter de reforço escolar aos alunos do projeto.
MATEMÁTICA - Desenvolve atividades educacionais de reforço escolar ao público de 6º ao 9º ano e aulas preparatórias para concurso público e ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio.
QUÍMICA - Desenvolve atividades educacionais de reforço escolar, aulas preparatórias para concurso público e ENEM – Exame Nacional do Ensino Médio e Oficina de Experimentos Químicos.


Colaboram para o desenvolvimento dessa atividades a direção da Escola de Licenciaturas, professores, coordenadores de curso e alunos da Uninorte, somando em torno de 22 profissionais da UniNorte. Até o momento, já passaram pelo projeto mais de 172 alunos de extensão e participaram das atividades do projeto na proposta de Oficinas Pedagógicas Interdisciplinares em torno de 600 alunos. Totalizando o público de “Ações-participativas-educativas”, chegamos a mais de 750 pessoas envolvidas direta e indiretamente no projeto.


Mensuramos o trabalho do projeto, a partir do controle das notas dos alunos beneficiários da comunidade, comparando a melhoria da aprendizagem desses alunos a cada semestre pelo Boletim Escolar expedido pela escola.


E então, o projeto é bom?
O que acharam?

Por: Professor David Lopes de Oliveira - Professor do Curso de Licenciatura em Pedagogia do Centro Universitário do Norte - UniNorte/Laurreate, Responsável pelo projeto de extensão universitária Projeto Universidade na Comunidade - PUC - Curso de Licenciatura em Pedagogia.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Escola Digital estimula uso da tecnologia no aprendizado

Criada para facilitar o acesso de professores e estudantes a materiais educativos – que enriquecem as práticas pedagógicas e potencializam o uso qualificado de tecnologia na educação –, a plataforma online Escola Digital disponibiliza o que chama de Objetos Digitais de Aprendizagem (ODA) em diversas mídias: aplicativo móvel, animações, aulas digitais, infográficos, jogos, simuladores, vídeos e áudios, entre outros.
“Tais objetos podem ser utilizados diretamente como parte do processo pedagógico e do conteúdo curricular”, explica Ana Penido, diretora do Inspirare que, em parceria com o Instituto Natura, lançou a plataforma nesta terça-feira (10/12), em evento realizado em São Paulo.
Até o momento, foram mapeados 1.636 objetos e recursos digitais, sendo mais de 90% gratuito. O mapeamento foi realizado com base em pesquisa online e entrevista com educadores, especialistas e usuários – grande parte dos objetos reunidos foram identificados por professores da rede estadual de educação de São Paulo, que colaborou na construção do projeto.

A plataforma pretende ampliar o acervo disponível por meio de colaborações de usuários, que poderão enviar sugestões e comentários. “Quanto mais professores, alunos e pessoas se apropriarem desse processo, mais rico ele será”, acredita Penido.

A expectativa dos organizadores é que as secretarias de educação de diversos estados adotem a plataforma como suporte pedagógico. “Ela dá a possibilidade de cada aluno aprender da forma que melhor entender, seja por animação, infográfico ou jogos.”

Lançamento
O diretor-presidente do Instituto Natura, Pedro Villares, lembrou que, ao já nascerem em um mundo repleto de tecnologia, as crianças estão familiarizadas com a linguagem digital – mas é preciso aproximar a aprendizagem desse universo. “Queremos professores valorizados, que possam fazer uso das tecnologias de informação sem receio”, declarou.

Olavo Nogueira, representante da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo presente no evento, revelou que a pasta lançará em janeiro o programa Novas tecnologias, novas possibilidades, que incentiva o uso e criação de objetos digitais de aprendizagem na rede pública de ensino. “Existe a proposta de estruturar um banco nacional de objetos de aprendizagem e possibilitar a customização dessa plataforma para qualquer secretaria do país, seja ela municipal ou estadual”, observou Nogueira.

Flipped Classroom
Presentes no lançamento, docentes de escolas pública e privada estão de acordo quanto às possibilidades de melhoria de aprendizagem a partir da plataforma. “Tanto professores como alunos querem ser autores das suas próprias ferramentas – esses últimos, então, anseiam para serem protagonistas de seu processo de aprendizagem”, afirma Cristiana Mattos, coordenadora de tecnologia educacional do Colégio Bandeirantes.
Mattos retoma o conceito de flipped classroom, no qual o aluno aprende o conteúdo em casa e usa a sala de aula para sanar as dúvidas. “A Escola Digital permite que o tempo presencial seja usado de outra forma: porque não usar esse material para estudar em casa?”, questiona.

Ao tornar as aulas mais interativas e atraentes para os jovens, os objetos digitais prendem a atenção dos alunos e aceleram o processo de aprendizagem. Essa é a opinião de Dulcinéia Ramos, professora de Geografia da rede pública de Sertãozinho, no interior paulista. “Contudo, a formação dos docentes quanto ao uso dessas tecnologias deve ser cotidiana, e não apenas pontual”, reforça.

Para Gislaine Munhoz, professora do laboratório de informática da EMEF Rivadávia Marques Júnior, a Escola Digital é uma forma de propor conhecimento aliado ao entretenimento. “Mas é essencial que o professor esteja aberto para conhecer a cultura infanto-juvenil. Não adianta pensar que os jovens só gostam de funk”, alerta.

Sua experiência ilustra bem os tempos de hoje: ao perceber que seus alunos jogavam no Facebook durante as aulas, a professora propôs que eles inventassem novos jogos na plataforma Scratch. A ideia foi um sucesso e hoje eles mantêm o Jogos do Riva, um site que reúne todas as invenções.

Fonte: Danilo Mekari - 10/12/13
Fonte: Portal do Aprendiz - http://portal.aprendiz.uol.com.br/2013/12/10/escola-digital-estimula-uso-da-tecnologia-no-aprendizado/

sábado, 19 de outubro de 2013

5 histórias de professores que transformaram a educação


 









A história da educação é construída por mulheres que, há muito tempo, lutaram pela democratização da construção do conhecimento e por processos educativos que tivessem os alunos como sujeitos ativos. No 8 de março, Dia Internacional das Mulheres, o Portal Aprendiz reuniu uma lista com oito nomes importantes para a educação, que vão de pedagogas e psicólogas à ativistas sociais, nacionais e internacionais.







Todo 15 de outubro, logo após o dia das crianças, chega o dia do professor. Encarado por muitos como um momento para comemorar, dar presentes aos seus queridos mestres e trocar boas palavras, também é uma efeméride fértil para pensarmos sobre educação.
Professores são sujeitos de seu tempo: encaram os baixos salários, a falta de reconhecimento e prestígio, escolas precárias e a falta de incentivo e o excesso de burocracia para recriarem sua profissão. Mas isso não impede que muitos educadores saiam às ruas, entrem nas salas e inventem cotidianamente o significado de construir o conhecimento, de trabalhar na formação das futuras gerações e ajudar a lapidar o mundo que querem.
Para estimular a reflexão sobre esse dia e sobre esses profissionais, o Portal Aprendiz selecionou alguns perfis de professores que ressignificaram o ato de ensinar.

A educadora que mudou uma escola

Maria de Fátima Borges mudou a realidade da EMEF Olavo Pezzotti, em São Paulo, quando todos acreditavam em seu fechamento. O principal eixo do trabalho da educadora era resgatar a confiança da comunidade que via a escola com maus olhos. Dizia para os professores: “Não podemos praticar injustiças, não podemos destratar ou desrespeitar uma criança. Ela pode até fazer isso com a gente, mas não podemos fazer igual. Fátima dá aos seus alunos a possibilidade de criticarem os professores e palpitarem nas regras disciplinares. “Temos que dar vez e voz para eles, senão, como é que aprendem?”.




Dona Eda: a história de uma professora pautada na realidade

O Centro de Integração de Jovens e Adultos (Cieja) surgiu com a proposta de atender alunos excluídos da educação: Estudantes que haviam sido expulsos de outras escolas, alunos que simplesmente não encontravam vagas, pessoas com deficiência sem escolas adaptadas, meninos e meninas que cumpriam medidas socioeducativas e dependentes químicos encontravam um lugar onde seriam bem-vindos. Êda defende que a escola seja aberta para todos e alerta “quanto mais fechada, mais os problemas ficam presos dentro dela”. Como em um apelo ela afirma, “depois da família, somente a escola pode acompanhar o desenvolvimento das pessoas. Se a família não tem condições de fazê-lo e a escola fechar suas portas, elas estarão abandonadas”. 
  
Ferrer y Guardia: morto por fundar escolas laicas e libertárias



Ferrer y Guardia, que foi executado após um julgamento notoriamente injusto há 104 anos, na Espanha, foi um pioneiros da educação libertária e fundou a Escola Moderna, que funcionou entre 1901 e 1909, ano de sua morte. Apesar de a condenação ter partido de uma falsa acusação sobre a participação do educador em um atentado, ela é atribuída principalmente ao seu trabalho educativo. Considerada a primeira experiência de educação mista e laica em Barcelona, levantou grande antipatia do clero e de seus devotos por promover a igualdade. A escola buscava uma educação secular, racionalista e não coercitiva, visando o desenvolvimento integral do estudante. 

Siñani, Elizardo e a escola indígena de Warisata
Tudo começou quando em 1899, um exército de liberação indígena, liderado pelo malku [cacique] Pablo Zárate Wilika, foi derrotado. As comunidades, para garantir sua sobrevivência e resistência, criaram escolas indigenistas. Mas as elites econômicas e políticas locais não concordavam com esse exercício de autonomia e muitos professores indígenas foram presos, torturados e até mortos. Entre eles está o aimará Avelino Siñani, considerado o fundador de Warisata. Após ensinar clandestinamente por muitos anos em sua comunidade, foi denunciado e perseguido. Seguia saltando de localidade em localidade, fundando pequenas escolas até que foi preso e torturado. Sua história chamou atenção de Elizardo Perez, um professor que se tornou inspetor de educação primária no estado de La Paz. Em 1931, ambos propuseram criar uma escola-comunidade na qual o índio educaria o índio. Os habitantes da região, comuneros, criaram o Parlamento Amauta como órgão de decisão da escola e da comunidade, unidas.


Da Redação - 15/10/13

Portal do Aprendiz